Lula e José Dirceu foram jantar em um restaurante muito luxuoso, no qual até os talheres eram de ouro.
De repente, Lula vê o Zé Dirceu pegar duas colheres de ouro e esconder no bolso.
Ficou chateado da vida porque não teve a idéia primeiro e, para mostrar que ele sempre era o CHEFE de tudo, decidiu que também ia roubar duas colheres. Todavia, ficou nervoso (pois os companheiros sempre roubaram para ele e ele “nunca sabia de nada”) e as colheres acabaram batendo uma contra a outra.
O garçom ouviu o barulho e perguntou ao Lula se ele queria alguma coisa.
Lula ficou sem jeito, pois tinha sido pego com a boca na botija e falou que não tinha ouvido nada, não sabia de nada e não queria nada.
Em seguida, Lula tentou de novo, mas uma das colheres caiu no chão.
O garçom ouviu outra vez o barulho, aproximou-se de Lula e perguntou, outra vez, se queria algo. Lula pensou um pouco e, como exímio enganador, dissimulado e oportunista, perguntou ao garçom:
- Você quer ver eu fazer uma mágica?
- Sim seu Lula.
- Bom, pega essas duas colher de ouro e põe elas no meu bolso.
O garçom pegou as colheres e as colocou no bolso de Lula.
- OK senhor, e agora?
- Agora conta 1, 2, 3 e tire elas do bolso do Zé Dirceu!
Todos aplaudiram e, ao ir embora, Lula deixou uma “graninha” para todos os garçons e saiu rindo…
MORAL DA HISTÓRIA:
O sujeito viu a oportunidade, roubou, ninguém o viu roubando e ainda saiu aplaudido e considerado “o bom”, “o bacana” e “o benfeitor”.
(Autor desconhecido)
sexta-feira, 31 de agosto de 2012
Pacientes poderão decidir entre atrasar ou não a morte em casos de doenças terminais ou estados vegetativos
30/08/2012 - 15h01
Médicos deverão seguir desejo de pacientes terminais contrários a tratamento 'fútil'
DE BRASÍLIA
DE SÃO PAULO
Atualizado em 31/08/2012 às 09h42.
Um doente terminal não terá mais de passar seus últimos dias sendo submetido a tratamentos que só vão atrasar a morte, mesmo que esse seja o desejo de sua família.
O CFM (Conselho Federal de Medicina) editou uma resolução que dá ao paciente o direito de não receber tratamento considerado inútil em casos de doenças terminais ou estados vegetativos.
A medida, divulgada ontem, determina que o paciente, em estado são, poderá informar o médico sobre que tipo de tratamento deverá receber quando estiver inconsciente e sem chance de cura.
A pessoa pode, a qualquer momento, registrar um documento em cartório com a declaração ou pedir ao médico que inclua determinações como não ressuscitar em caso de parada cardíaca, por exemplo, em seu prontuário.
"Defendemos a ideia da morte natural, sem a intervenção tecnológica inútil e fútil, que pode acalmar a família, mas não está fazendo a vontade do paciente", diz o presidente do conselho, Roberto d'Ávila.
Ele classifica como tratamento "fútil" aquele que não dá a possibilidade de voltar ao estado de saúde prévio. "A vontade do paciente é mais importante que a familiar."
ASSUNTO TABU
Segundo especialistas em cuidados paliativos, hoje os desejos dos doentes são pouco ouvidos tanto por médicos quanto pelos parentes.
"Para que uma conversa delicada como essa aconteça, os profissionais de saúde precisam ter certas habilidades de comunicação, mas nem sempre há oportunidades para isso", diz o médico Daniel Forte, do comitê de terminalidade e cuidados paliativos da Associação de Medicina Intensiva Brasileira.
Forte diz que a falta de diálogo leva muitos doentes a serem submetidos a tratamentos que, se dependesse de sua vontade, não seriam realizados. "Muitos pensam nisso mas não têm com quem falar. A família quer passar um clima de otimismo e prefere não falar nesse assunto."
Para psicóloga Fernanda Rizzo di Lione, especialista em psico-oncologia, a nova regra do CFM deve enfrentar resistência dos médicos, que se formam "para lutar contra a morte". "Não ligar um aparelho não é deixar de fazer alguma coisa e sim respeitar a vontade do paciente."
De acordo com a regulamentação, o médico não é obrigado a perguntar o que o doente quer, mas deve registrar as orientações no prontuário se houver uma manifestação espontânea.
Essa vontade terá de ser ignorada se implicar infração ao Código de Ética Médica, como a prática da eutanásia.
O CFM diz que não se preocupa com as consequências jurídicas, caso uma família reclame de negligência médica. "Se estivéssemos [preocupados], falaríamos para o médico registrar no cartório e diríamos: 'Médicos, protejam-se'. O que queremos é saber a vontade do paciente", afirma Roberto d'Ávila.
A resolução provocou a reação da Igreja Católica. "Um médico (...) preocupado em terminar com uma vida humana, em que fase for, está como que negando sua própria profissão, que é cuidar da vida", disse ontem o cardeal Raymundo Damasceno Assis, presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).
Para o médico Daniel Forte, é normal que uma resolução como essa seja alvo de debate. "É preciso deixar claro que ninguém é obrigado a fazer isso. A regra só abre a oportunidade para quem deseja registrar sua vontade."
(FILIPE COUTINHO, FLÁVIA FOREQUE E DÉBORA MISMETTI)
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/1145793-medicos-deverao-seguir-desejo-de-pacientes-terminais-contrarios-a-tratamento-futil.shtml
Comentário: O tema é bastante polêmico e envolve opiniões de diversos segmentos da sociedade, sejam eles contrários ou não. Alguns questionamentos podem ser feitos à partir daí, como por exemplo: até que ponto podemos decidir entre a vida e a morte? O juramento médico entra em conflito com tal decisão? O que pensam as religiões?
Comentário: O tema é bastante polêmico e envolve opiniões de diversos segmentos da sociedade, sejam eles contrários ou não. Alguns questionamentos podem ser feitos à partir daí, como por exemplo: até que ponto podemos decidir entre a vida e a morte? O juramento médico entra em conflito com tal decisão? O que pensam as religiões?
Estudante de 17 anos ganha medalhas em Olimpíadas de física, astronomia e linguística
29/08/2012 - 04h31
Jovem de 17 anos ganha provas internacionais de física, linguística e astronomia
LAURA CAPRIGLIONE
DE SÃO PAULO
![]() |
O estudante Ivan Antunes, 17, com medalhas após ganhar Olimpíadas de física, astronomia e linguística |
"É competição de lógica. Você tem de perceber os padrões do uso da língua." Uma questão clássica: fornecem-se ao estudante duas listas, uma com frases em uma língua desconhecida; outra, uma lista de traduções. "Só que elas não estão ordenadas e uma das traduções está errada", diz Ivan. O desafio é descobrir qual tradução está errada, fazer a correspondência das traduções e apontar o erro da tradução.
A medalha de prata que Ivan trouxe é a primeira conquistada pelo Brasil na história dessa competição.
Filho de médicos de Lins (429 km de São Paulo), Ivan começou a disputar olimpíadas na quinta série. Com 14 anos, foi sem os pais para o Azerbaijão participar de sua primeira prova internacional.
Visitou dez países graças às competições. A viagem para a Disney com a família estava marcada, mas, na mesma data, apareceu uma semana de matemática em São José do Rio Preto (443 km de São Paulo). Adeus, Disney.
SOLTEIRO
Hoje, Ivan vive em São Paulo, em uma pensão vizinha ao Colégio Objetivo Integrado, onde estuda. Está "solteiro", diz. A família mora em Lins.
Ivan não se acha superdotado. "Qualquer pessoa que se dedique como eu conseguirá resultados iguais." A memória também não é excepcional. "Costumo esquecer os nomes das pessoas."
O segredo do sucesso? "Ser um campeão olímpico depende de curiosidade, planejamento, interesse e dedicação verdadeira", afirma.
O dia começa às 7h10, quando entra na escola. Vai até as 12h50, saída das aulas. À tarde, o jovem estuda por até seis horas. Mas há dias em que o esforço se limita a ler 20 páginas de algum livro.
Sem rotinas férreas, recomenda que se tracem objetivos claros. "Tipo: quero acabar esse livro até tal data. Algumas metas têm de ser de longo prazo. Para ir à Internacional de Física, comecei a estudar um ano e meio antes."
Para aqueles que se acham modelos de dedicação infrutífera, Ivan tem duas hipóteses: "Ou são pessoas que pensam que se dedicam, mas não se dedicam tanto, ou se dedicam usando estratégias de aprendizado inadequadas."
Ele dá um exemplo de "estratégia inadequada". Durante o treinamento para a Olimpíada de Linguística, Ivan percebeu que estava estagnado. "Os professores diziam que deveríamos conhecer as teorias antes, mas para mim não funcionou."
Em vez de desistir, o jovem criou seu próprio método. "Para mim, foi muito melhor fazer as provas passadas, lendo a resolução e anotando todos os pontos importantes."
A lição que extraiu: "Existem estratégias que funcionam para algumas pessoas, e outras que funcionam para outras. Você tem de descobrir a que funciona para você".
Ivan se preocupa com a fama de "egoístas" que cerca alunos "olímpicos" como ele. Há dois anos, mantém com amigos o endereço www.olimpiadascientificas.com, com dicas de estudos. "Também tiramos dúvidas", diz. "É nossa forma de ajudar."
O menino que pensa em estudar em Harvard, Oxford, Princeton, MIT ou Cambridge - "As suas chances de ser aceito aumentam muito se você vencer uma olimpíada internacional", escreveu ele no site- não tem ainda a menor ideia de qual carreira seguirá. "Eu gosto de tudo, não consigo decidir o que fazer."
Brasil é recordista mundial em tributação de remédio
19/08/2012 - 05h30
Brasil é líder mundial em tributação de remédio
CLÁUDIA COLLUCCI
MARIANNA ARAGÃO
DE SÃO PAULO
Entre 38 países, o Brasil é hoje recordista no nível de tributação sobre os medicamentos vendidos nas farmácias sob prescrição.
A somatória das alíquotas de impostos federais e estaduais incidentes sobre o produto, de 28%, é três vezes maior que a média obtida entre os países do estudo.
Alguns, como Canadá, México e Reino Unido, têm alíquota zero sobre os remédios.
A constatação é de um estudo inédito elaborado pelo pesquisador Nick Bosanquet, professor de políticas de saúde do Imperial College, em Londres, que considerou os impostos sobre consumo em cada um dos países.
No Brasil, foram contabilizados o ICMS, imposto cobrado pelos governos dos Estados, e o PIS/Cofins, cobrado pelo governo federal.
O ranking faz parte de uma publicação da Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa), que será divulgada amanhã.
GASTOS PESSOAIS
O nível recorde de tributação tem impacto direto no bolso dos consumidores, uma vez que, no mercado brasileiro, os gastos com remédios não são reembolsados pelo Estado ou pelos planos de saúde, como ocorre em países desenvolvidos.
No mercado farmacêutico brasileiro, cujo faturamento somou R$ 42,8 bilhões em 2011, segundo dados do instituto IMS Health, 71,4% do desembolso é realizado diretamente pela população.
Nos países europeus, de 10% a 15% dos gastos são assumidos pelo consumidor.
"O consumidor tira do próprio bolso para financiar seu tratamento e ainda paga o maior tributo do mundo", diz Antonio Brito, presidente da Interfarma. "A soma das duas situações é explosiva."
A eliminação de tributos sobre medicamentos prescritos pode aumentar as vendas em 2,5% a 5%, diz o estudo.
Esse impacto ocorreria sobretudo entre os consumidores de menor renda.
Dados do IBGE mostram que o desembolso das famílias de classe E em medicamentos é de R$ 7 por mês.
Os mais ricos gastam por mês R$ 97, enquanto a média nacional é de R$ 38,60.
"Esses números mostram que o acesso aos medicamentos depende exclusivamente da renda do brasileiro", afirma Brito.
ICMS
Segundo o tributarista Bruno Coutinho de Aguiar, do escritório Rayes e Fagundes, o grande vilão da tributação no setor farmacêutico é o ICMS. A alíquota do imposto dos Estados é de, em média, 17%.
"Um produto essencial como o medicamento tem uma alíquota maior que a de automóveis, por exemplo."
Marcelo Liebhard, diretor de assuntos econômicos da Interfarma, diz que, em muitos Estados, o valor arrecadado com o ICMS sobre medicamentos é superior à quantia gasta pelo governo na distribuição de medicamentos.
"Isso ocorre em São Paulo, onde são recolhidos R$ 3 bilhões de imposto."
Segundo os especialistas, o preço impeditivo faz com que cresçam as demandas na Justiça pedindo o fornecimento de medicamentos pelo governo. Estima-se que existam 200 mil processos na Justiça brasileira com esse tipo de solicitação.
quinta-feira, 30 de agosto de 2012
Exército entrega obras antes do prazo e a custos inferiores
O bom exemplo do Exército
16 de julho de 2012 | 3h 08
O Estado de S.Paulo
No momento em que notícias sobre superfaturamento e atraso em obras públicas se tornam corriqueiras, é animador saber que algumas dessas obras estão sendo entregues antes do prazo previsto e a custos inferiores aos originalmente orçados. Não se trata de milagre. É apenas o resultado do trabalho competente e sério realizado por uma instituição cuja missão precípua não é tocar canteiros de obras, mas que nos últimos anos tem assumido maiores responsabilidades na elaboração e execução de projetos de infraestrutura em todo o País: o Exército.
O Departamento de Engenharia e Construção (DEC) do Exército, como mostra o jornal Valor (12/7), está tocando 34 obras em vários Estados, 25 delas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e elabora, a pedido da Infraero, projetos de engenharia destinados a acelerar a expansão dos aeroportos de Porto Alegre, Vitória e Goiânia. Nessa área, o Exército já trabalha na administração dos serviços de terraplenagem da ampliação do aeroporto de Guarulhos e na construção da pista do aeroporto de Amarante, no Rio Grande do Norte.
É principalmente o desempenho do Exército nas obras do aeroporto de Cumbica que tem animado a Infraero a ampliar a parceria com os militares numa área que se tem transformado numa das maiores dores de cabeça do governo no que diz respeito ao cumprimento dos prazos das obras da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada de 2016. A terraplenagem do Terminal 3 de Cumbica, cuja previsão inicial de entrega era para dezembro de 2013, será concluída em setembro próximo, com antecipação de 15 meses. Além disso, o custo original da obra, orçado em R$ 417 milhões, deverá ser reduzido - e não é apenas porque a União paga os soldos militares - em cerca de R$ 130 milhões, o que equivale a 25%. É exatamente o contrário do que tem sido noticiado a respeito da verdadeira lambança que a principal empreiteira do PAC, a Delta, tem promovido nas obras bilionárias sob sua responsabilidade em todo o País.
É claro que tocar obras públicas não é a missão precípua das Forças Armadas, que existem para zelar pela defesa nacional. E o Exército, cuja "intervenção" no mercado é malvista pelas empreiteiras de obras públicas, sabe muito bem que essa não é sua verdadeira vocação. O general Joaquim Maia Brandão, chefe do Departamento de Engenharia e Construção, garante, segundo o Valor, que não há planos de ampliar a estrutura da unidade sob seu comando, apesar do aumento da demanda ocorrido nos últimos anos, inclusive no que diz respeito ao planejamento e construção de novas estradas e manutenção das existentes, responsabilidade do mal afamado Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Nessa área o Exército tem 19 contratos firmados. E cumpre outros tantos nos setores portuário e de navegação fluvial.
O Exército está hoje envolvido em 34 projetos de construção, no valor de R$ 3 bilhões em obras, dos quais R$ 2,4 bilhões são do PAC. Intervenção indevida no mercado? Desvio de funções? O general Brandão responde: "O que temos é uma missão para cumprir, que é a preparação de nossas tropas para a guerra. Se não temos guerra, temos a obrigação de manter nosso contingente em atividades que, se necessário, (a tropa) irá desempenhar em situação de emergência". Não é, portanto, a lógica do mercado, mas a necessidade de manter seu contingente ativo e preparado que motiva o Departamento de Engenharia e Construção.
A situação de emergência a que se refere o general seria, obviamente, um eventual conflito militar. Mas não resta dúvida de que o DEC está atendendo também a uma importante e extremamente lamentável emergência ao cumprir com competência, seriedade e economia de recursos públicos uma tarefa fundamental para o desenvolvimento do País que a iniciativa privada tem sido frequentemente incapaz de executar com a mesma eficiência e probidade, devido à crescente promiscuidade entre negócios públicos e privados. É de imaginar que seja difícil trabalhar com orçamentos enxutos quando a regra do jogo é pagar propinas que satisfaçam a crescente voracidade de homens públicos tão desonestos quanto quem lhes molha a mão.
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
Carro brasileiro é o mais caro do mundo
Automóvel no Brasil custa até 106% mais que lá fora
O Globo
Margem de lucro chega a ser o triplo de outros países
Lucianne Carneiro
Fabiana Ribeiro
Publicado:
29/08/12 - 8h06
Atualizado:
29/08/12 - 10h28
Na garagem de casa, o carro da família pode ser o mesmo de americanos, europeus, argentinos ou japoneses. Mas o preço certamente é muito diferente. Margem de lucro maior, impostos elevados, altos custos de mão de obra, de logística, de infraestrutura e de matérias-primas, falta de competitividade, forte demanda e um consumidor disposto a pagar um preço alto ajudam a explicar o porquê de o veículo aqui no Brasil chegar a ser vendido por mais do que o dobro que lá fora.
Levantamento em cinco países — Brasil, EUA, Argentina, França e Japão — mostrou que o carro brasileiro é sempre o mais caro. A diferença chega a 106,03% no Honda Fit vendido na França (onde se chama Honda Jazz). Aqui, sai por R$ 57.480, enquanto lá, pelo equivalente a R$ 27.898,99. A distância também é expressiva no caso do Nissan Frontier vendido nos EUA. Aqui, custa R$ 121.390 — 91,31% a mais que os R$ 63.450,06 dos americanos. Há cerca de duas semanas, a “Forbes” ridicularizou o preços no Brasil, mostrando que um Jeep Grand Cherokee básico custa US$ 89.500 (R$ 179 mil) aqui, enquanto, por esse valor, em Miami, é possível comprar três unidades do modelo, que custa US$ 28 mil.
O setor teve o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) reduzido. O incentivo terminaria sexta-feira, mas deve ser prorrogada por dois meses.
Especialistas estimam que a margem de lucro das montadoras no Brasil seja pelo menos o dobro que no exterior, por causa de um quadro de pouca concorrência — ainda que já seja o quarto maior mercado de carros do mundo, incluindo caminhões e ônibus, atrás de China, Estados Unidos e Japão. O diretor-gerente da consultoria IHS Automotive no Brasil, Paulo Cardamone, estima ganho de 10% do preço de um veículo no Brasil, enquanto no mundo seria de 5%. Nos EUA, esse ganho é de 3%:
— Lucro de montadora no Brasil é maior que em qualquer lugar do mundo, pelo menos o dobro. O mercado automobilístico no Brasil é protegido, taxam-se os importados e há concentração forte das vendas nas quatro grandes marcas. Lá fora, as maiores têm cerca de 30% do mercado — afirma ele.
Volkswagen, General Motors, Fiat e Ford — responderam por 81,8% dos 2,825 bilhões de carros vendidos no país em 2011.
— Existe uma demanda grande pelos veículos no Brasil, o que mantém os preços em alta. Se a montadora sabe que há compradores, por que dar desconto? — diz Milad Kalume Neto, gerente de atendimento da consultoria Jato Dynamics do Brasil.
De todo modo, há outros vilões para preços tão elevados. O imposto é, de praxe, apontado como o grande causador. Mas, mesmo descontando as alíquotas, os consumidores nacionais ainda são os que precisariam pagar mais para ter o bem. O preço do Nissan Frontier vendido no Brasil cairia, por exemplo, de R$ 121.390 para R$ 81.209,91, ainda é mais que França e EUA com impostos.
— Não se pode ignorar o custo Brasil, que encarece toda a cadeia produtiva com os problemas de logística e infraestrutura do país, além do custo da mão de obra brasileira — diz José Caporal, consultor da Megadealer, especializada no setor automotivo.
imposto nos eua é de até 9%
Segundo a Anfavea, a associação das montadoras, os impostos representam cerca de 30% do preço dos veículos, considerando as alíquotas normais do IPI. Nos carros 1.0, os impostos representam 27,1% do preço. Na faixa de veículos entre 1.0 e 2.0, o peso dos impostos é de 30,4% para os que rodam a gasolina e de 29,2% para motores flex e etanol. Acima de 2.0, respondem por 36,4% e 33,1% do preço, respectivamente. Nos EUA, os impostos são de até 9% do preço ao consumidor.
No Brasil, outro fator complicador é o fato de grande parte das compras ser financiada. O consumidor se preocupa mais com o tamanho da parcela que com o preço final do veículo.
— Nosso carro ainda é muito caro, é um absurdo — afirma Adriana Marotti de Mello, professora do Departamento de Administração da FEA/USP.
Pesquisa científica demonstra que o cérebro é capaz de aprender durante o sono
Pesquisa indica que cérebro é capaz de aprender durante sono
Guila Flint
De Tel Aviv para a BBC Brasil
Atualizado em 28 de agosto, 2012 - 05:30 (Brasília) 08:30 GMT
O cérebro humano tem a capacidade de captar informações novas durante o sono, concluiu uma pesquisa publicada na segunda-feira por pesquisadores do instituto israelense Weizmann.
A pesquisa, realizada ao longo de três anos pela neurobióloga Anat Arzi, examinou a correlação entre olfato e audição e a memória armazenada no cérebro.
"Esta é a primeira vez que uma pesquisa científica consegue demonstrar que o cérebro é capaz de aprender durante o sono", disse Arzi à BBC Brasil.
Segundo a cientista, estudos prévios já demonstraram a capacidade de bebês aprenderem enquanto dormem, mas a pesquisa recém-divulgada descobriu que o mesmo vale para adultos.
'Aprendizagem associativa'
O experimento, realizado por Arzi em colaboração com o professor Noam Sobel, diretor do Laboratório do Olfato do instituto, examinou as reações de 55 pessoas que foram expostas a sequências de sons e cheiros enquanto dormiam.
As sequências, que incluiam um intervalo de 2,5 segundos entre o som e o cheiro, expunham os participantes a odores agradáveis (de perfume ou xampu) ou desagradáveis (de peixes podres ou outros animais em decomposição), de forma sistemática e sempre antecedidos por sons que se repetiam.
"A vantagem de se utilizar o olfato é que os cheiros geralmente não interrompem o sono, a não ser que sejam muito irritantes para as vias respiratórias", explicou a cientista.
Durante o experimento os cientistas observaram sinais de que os participantes adormecidos passaram por uma "aprendizagem associativa".
"Com o tempo, criou-se um condicionamento. Bastava que (os participantes) ouvissem determinado som para que a respiração deles se alterasse e se tornasse mais longa e profunda – em casos de associação com odores agradáveis -, ou mais curta e superficial - em casos de sons ligados a cheiros desagradáveis", afirmou Arzi.
A cientista também relatou que as mesmas reações ocorriam na manhã seguinte, quando os participantes acordavam. Se fossem expostos a um som associado com um odor agradável, respiravam longa e profundamente.
Informações gravadas
"O fato de que as informações ficaram gravadas no cérebro e causaram reações fisiológicas idênticas, mesmo quando os participantes estavam despertos, demonstra que eles passaram por uma aprendizagem associativa enquanto dormiam", disse.
Pessoas com lesões no hipocampo – região do cérebro relacionada à criação da memória – não registraram as informações, disse a neurobióloga.
Para Arzi, a descoberta pode ser "um primeiro passo no estudo da capacidade do cérebro humano de obter uma aprendizagem mais complexa durante o sono".
No entanto, segundo a cientista, são necessárias mais pesquisas para examinar as diferenças entre o funcionamento dos mecanismos cerebrais de pessoas adormecidas e despertas.
Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/08/120827_cerebro_aprendizagem_gf.shtml
Guila Flint
De Tel Aviv para a BBC Brasil
Atualizado em 28 de agosto, 2012 - 05:30 (Brasília) 08:30 GMT
O cérebro humano tem a capacidade de captar informações novas durante o sono, concluiu uma pesquisa publicada na segunda-feira por pesquisadores do instituto israelense Weizmann.
A pesquisa, realizada ao longo de três anos pela neurobióloga Anat Arzi, examinou a correlação entre olfato e audição e a memória armazenada no cérebro.
"Esta é a primeira vez que uma pesquisa científica consegue demonstrar que o cérebro é capaz de aprender durante o sono", disse Arzi à BBC Brasil.
Segundo a cientista, estudos prévios já demonstraram a capacidade de bebês aprenderem enquanto dormem, mas a pesquisa recém-divulgada descobriu que o mesmo vale para adultos.
'Aprendizagem associativa'
O experimento, realizado por Arzi em colaboração com o professor Noam Sobel, diretor do Laboratório do Olfato do instituto, examinou as reações de 55 pessoas que foram expostas a sequências de sons e cheiros enquanto dormiam.
As sequências, que incluiam um intervalo de 2,5 segundos entre o som e o cheiro, expunham os participantes a odores agradáveis (de perfume ou xampu) ou desagradáveis (de peixes podres ou outros animais em decomposição), de forma sistemática e sempre antecedidos por sons que se repetiam.
"A vantagem de se utilizar o olfato é que os cheiros geralmente não interrompem o sono, a não ser que sejam muito irritantes para as vias respiratórias", explicou a cientista.
Durante o experimento os cientistas observaram sinais de que os participantes adormecidos passaram por uma "aprendizagem associativa".
"Com o tempo, criou-se um condicionamento. Bastava que (os participantes) ouvissem determinado som para que a respiração deles se alterasse e se tornasse mais longa e profunda – em casos de associação com odores agradáveis -, ou mais curta e superficial - em casos de sons ligados a cheiros desagradáveis", afirmou Arzi.
![]() |
Arzi (esq.) e Sobel estudaram correlação entre
olfato e audição
|
Informações gravadas
"O fato de que as informações ficaram gravadas no cérebro e causaram reações fisiológicas idênticas, mesmo quando os participantes estavam despertos, demonstra que eles passaram por uma aprendizagem associativa enquanto dormiam", disse.
Pessoas com lesões no hipocampo – região do cérebro relacionada à criação da memória – não registraram as informações, disse a neurobióloga.
Para Arzi, a descoberta pode ser "um primeiro passo no estudo da capacidade do cérebro humano de obter uma aprendizagem mais complexa durante o sono".
No entanto, segundo a cientista, são necessárias mais pesquisas para examinar as diferenças entre o funcionamento dos mecanismos cerebrais de pessoas adormecidas e despertas.
Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/08/120827_cerebro_aprendizagem_gf.shtml
terça-feira, 28 de agosto de 2012
Maconha diminui o QI de jovens com menos de 18 anos
Uso de maconha por adolescentes leva a declínio cognitivo
O Globo
Jovens que começam a fumar antes dos 18 anos podem ter QI reduzido na vida adulta
![]() |
Maconha pode trazer danos irreversíveis para o cérebro de jovens
Jeff Chiu / AP
|
Um estudo sobre o efeito do uso de drogas por longo prazo mostra que aqueles que começaram a utilizar maconha quando adolescentes podem chegar à meia-idade com uma deficiência de oito pontos no QI (quociente de inteligência) se comparado aos não usuários.
A pesquisadora Madeline Meier, da Universidade Duke, nos Estados Unidos, utilizou como base um estudo que acompanhou mil pessoas em Dunedin, Nova Zelândia, desde o nascimento até os 38 anos de idade. Os dados permitiram comparar os teste de QI feitos com os participantes na idade dos 13 — antes do uso de maconha — com os testes de QI quando adultos; em alguns casos, depois de anos de uso da droga.
O estudo mostrou que aqueles que desenvolveram uma dependência da droga apresentaram maior declínio de QI, perdendo seis pontos na média, independentemente do quão cedo o hábito começou. Dentro desse grupo, aqueles que começaram a usar a droga antes de seu aniversário de 18 anos apresentaram um declínio subsequente de 8 pontos em média no QI.
Além disso, amigos e parentes próximos dos usuários de maconha informaram que eles tiveram problemas cada vez mais frequentes de memória e de atenção. Segundo os pesquisadores, o dano não parece ser reversível depois de os usuários deixarem o hábito. Mas eles afirmam que quando o uso da maconha começa após o 18º aniversário, os danos são menores.
— Este estudo é o primeiro a oferecer evidências de que a maconha provoca, de facto, efeitos neurotóxicos em cérebros jovens — diz Meier.
Fonte: http://oglobo.globo.com/saude/uso-de-maconha-por-adolescentes-leva-declinio-cognitivo-5910588
domingo, 26 de agosto de 2012
Cabul-Jalalabad - a estrada em que a contagem de mortos parou há muito tempo
09/02/2010 - 00h04
Estrada no Afeganistão apresenta cenas de beleza e morte
Dexter Filkins
Em Sarobi, Afeganistão
Luiz Roberto Mendes Gonçalves
Mesmo em um país assolado pela guerra e por atentados suicidas, você acharia difícil encontrar qualquer coisa tão realmente aterrorizante quanto a rodovia nacional que atravessa a garganta do rio Cabul.
O
trecho de 70 km, uma passagem de tirar o fôlego com montanhas e despenhadeiros
entre Cabul e Jalalabad, cobra habitualmente tantas vidas que a maioria das
pessoas parou de contar há muito tempo. Carros tombam e se achatam. Caminhões
despencam até o fundo do vale. Ônibus se arriscam; ônibus se chocam.
Soldado
afegão tenta organizar o trânsito depois de um acidente na rodovia que
atravessa a garganta do rio Cabul, no Afeganistão; em duas horas reportagem
presenciou 13 colisões.
O pandemônio se desenrola em uma das paisagens mais fascinantes de toda a Terra. Em alguns lugares a garganta não tem mais que algumas centenas de metros e é emoldurada por penhascos de rocha verticais que se erguem mais de 3 mil metros acima do rio Cabul. A maioria das pessoas morre, e a maioria dos carros se choca enquanto dispara contornando uma das curvas impossíveis que oferecem vistas impossíveis das ravinas e picos.
De fato, dirigir na garganta do Cabul parece uma experiência unicamente afegã, uma complexa dança de beleza e morte.
"Eu fico aqui sentado e vejo pessoas se acidentarem o dia inteiro", disse Mohamed Nabi, que vende peixe fresco frito em uma barraca junto à estrada. "O rumo da história provou que os afegãos são prepotentes. É por isso que não conseguimos dirigir em segurança." Em um dia da semana passada, ocorreram 13 acidentes na estrada em apenas duas horas, todos catastróficos, quase todos fatais. A garoa constante tornou o dia ligeiramente mais calamitoso que a maioria deles.
Em uma cena, uma família ensanguentada lamentava por seus parentes presos em um carro achatado. Em outra, um miniônibus estava esmagado sob a carroceria de um caminhão capotado. Em outro ainda, o fundo de uma ravina estava cheio dos destroços retorcidos de um carro.
No entanto, mesmo enquanto esses acidentes se espalham pela rodovia, os carros passavam em velocidade. Táxis e ônibus costuravam e passavam uns aos outros em velocidade de arrepiar, com apenas milímetros separando-os da catástrofe sanguinária.
"A luta com os talebans dura apenas um ou dois dias, mas os acidentes são todos os dias", disse Juma Gul, dono de uma loja de tecidos em Sarobi que dá diretamente para a estrada. "É uma espécie de teatro. Às vezes um carro voa." A letalidade da rodovia vem da mistura única de geografia, a estrada em si e a desconsideração dos motoristas pelas leis da física.
A estrada de duas pistas tem uma largura apenas suficiente para dois carros. Na pista interna, a menos de um metro da sua janela há uma parede de rocha sem árvores que se ergue quase na perpendicular. Um degrau de 30 centímetros protege a pista exterior, atrás da qual há o fundo de um vale a quase 1.500 metros.
Para os motoristas, é claro, isso significa que virtualmente não há margem para erros: ou eles batem no muro ou caem sobre a borda ou se chocam.
A única nota de cautela é dada pelas crianças que vivem nas aldeias pobres nas redondezas. Muitas vezes com apenas 4 ou 5 anos, sujas, elas se posicionam nas curvas, usando garrafas verdes de refrigerante achatadas como bandeiras, acenando para os motoristas passarem quando o caminho está limpo.
Nessas circunstâncias, você poderia imaginar que os motoristas na garganta do Cabul trafegariam devagar, arrastando-se e esticando os pescoços para se proteger do tráfego contrário que vem na próxima curva. Na verdade, durante a maior parte da história eles fizeram isso.
Durante séculos, inúmeras forças invasoras passaram pela garganta ou perto dela a caminho do passo de Khyber. Entre elas estava um grupo de 17 mil soldados e civis britânicos que foram massacrados quando se retiravam de Cabul no fim da primeira guerra anglo-afegã, em 1842. O dr. William Brydon, que entrou em Jalalabad a cavalo, foi o único europeu sobrevivente.
A estrada Cabul-Jalalabad foi pavimentada pela primeira vez pelo governo alemão em 1960. Na década de 80 ela foi quase totalmente destruída durante a rebelião contra a invasão soviética. Na década seguinte, quando os talebans e outros grupos armados lutaram pelo controle do país, a estrada foi bombardeada e ficou cheia de buracos. As crateras eram tão grandes que os táxis desapareciam durante minutos e só ressurgiam quando se esforçavam para sair do outro lado.
Era uma estrada difícil e tinha seus próprios perigos - trechos da estrada muitas vezes desmoronavam -, mas a velocidade não era um deles. Isso mudou em 2006, quando um projeto apoiado pela UE finalmente pavimentou toda a estrada. Agora os afegãos podem finalmente dirigir na velocidade em que quisessem.
E eles querem! Os carros passam zunindo em velocidades assustadoras, muito mais depressa do que seria permitido em uma estrada semelhante no Ocidente, se houvesse uma. Como pilotos de Fórmula 1, os afegãos disparam pelas curvas mais fechadas, puxando seus carros de volta para suas pistas ao primeiro sinal de um desastre iminente. Na maior parte das vezes eles conseguem.
O perigo é reforçado por outras coisas. No papel, o governo do Afeganistão exige que os motoristas passem por um teste para obter a carteira de motorista, mas poucas pessoas aqui parecem ter uma.
Depois há os carros em si - táxis Toyota depauperados e Ladas da antiga era soviética. Um típico carro afegão tem pneus carecas e freios que guincham - não exatamente ideais para ziguezaguear por essas montanhas.
Mas talvez a maior ameaça, além da velocidade dos carros, seja a lentidão dos caminhões. As enormes carretas que transportam carga de e para o Paquistão são muitas vezes sobrecarregadas com milhares de quilos. Elas não podem se mover depressa; se estiverem subindo um dos picos de centenas de metros da garganta, não podem se mover simplesmente. Ficam empacados. Caem para trás sobre si mesmos.
Por isso os carros e seus motoristas se amontoam atrás deles, irritados e impacientes, e correm em manobras apressadas para ultrapassá-los na primeira oportunidade.
E assim os carros se chocam, um após o outro.
Todos os dias os fraturados e ensanguentados chegam ao hospital de Sarobi, uma pequena clínica na cidade que fica no alto da garganta.
"A maioria de nossos pacientes se feriu em acidentes", disse Ros Mohammed Jabbar Khel, o cirurgião chefe.
Jabbar Khel tem um plano de comprar uma frota de ambulâncias e posicioná-las em vários pontos ao longo da passagem. Assim poderia salvar muitas vidas, imagina. Ele disse que estava esperando chegar o dinheiro do governo de Cabul.
O próprio Jabbar Khel dirige pela garganta várias vezes por semana. E todas as vezes, ele disse, se enche de medo - não por suas capacidades, mas pelas dos outros.
"Eu tenho carteira!", disse o médico. "Eu tive aulas!"
sábado, 25 de agosto de 2012
Sequestro - documentário mostra trabalho da Polícia Civil de SP
Sinopse: Durante quatro anos uma equipe de filmagem
acompanhou de perto as investigações e táticas até então sigilosas da Divisão
Anti Sequestro de São Paulo. Durante esse período, 386 pessoas foram
sequestradas no estado, mais de 1500 no Brasil. Entrevistas inéditas com
vítimas, sequestradores e policiais de elite, misturadas com emoções de ações
policiais, se misturam em um drama da vida na maior e mais aterrorizante cidade
da América Latina.
Título Original: Sequestro
Direção: Jorge W. Atalla
Tempo de Duração: 94 minutos (1 hora e 34 minutos)
Ano de Lançamento: 2011
País de Origem: Brasil
Áudio: Português
Legenda: S/L
Gênero: Documentário
Classificação Indicativa: Não recomendado para
menores de 12 Anos
sexta-feira, 24 de agosto de 2012
Você é idiota ou político?
Comentário: Tirando as interrupções da Ana M. Brega, o resto é muito interessante.
Barco japônes gera problemas na pesca de atum em águas brasileiras
19/08/2012 - 07h00
Barco japonês domina pesca de atum em águas do Brasil
Folha de S. Paulo
LAURA CAPRIGLIONE
MARLENE BERGAMO
ENVIADAS ESPECIAIS A RIO GRANDE (RS)
Talvez fosse um pecado ter matado o peixe. Suponho que sim, embora a carne fosse para me conservar a vida e para alimentar muita gente. Mas então tudo é pecado. Não pense no pecado, meu velho. [...]
"Mas você não matou o peixe apenas para conservar-se vivo e o vender para alimento", pensou ele. "Matou-o por orgulho e porque é um pescador. Amava o peixe quando estava vivo, afinal ainda o ama morto. Se o ama, com certeza que não foi pecado matá-lo. Ou será ainda pior?"
Ernest Hemingway
"O Velho e o Mar"
(trad. Fernando de C. Ferro)
Primeiro, surge uma boia; depois, uma linha diferente e anzóis de estranhos feitios. "Câmbio, Kinei Maru 108, aqui Gera 8. O nosso material emaranhou com o de vocês", avisa pelo rádio o capixaba Celso Rocha de Oliveira, 53 anos, 18 deles dedicados à pesca ao atum. O Kinei Maru 108, de bandeira japonesa, não demora a aparecer diante do pequeno Gera 8.
Nos respectivos conveses, tripulações e comandantes se encaram. O piloto japonês está seminu, com toalhas enroladas na cintura e na cabeça, apesar do frio de 3 ºC. A escaramuça acontece a 180 km do porto de Rio Grande, no extremo sul do Rio Grande do Sul, quase no limite do mar territorial uruguaio. O dia é 15 de julho.
O comandante do Gera 8 pede para falar com o do Kinei Maru. "Negativo. Ele não fala português. Se quiser, tem de ser em inglês", responde o operador de rádio, um dos cinco brasileiros a bordo, de um total de 30. "Kinei Maru, eu estou pedindo a vocês que saiam da área, porque nós pescamos aqui há mais de dez anos e vocês invadiram o local", fala Oliveira.
O Kinei Maru corta a conversa: "O comandante disse que não vai sair. Falamos de novo sobre esse assunto à noite, ok? Câmbio". As linhas emboladas são cortadas, pondo a perder anzóis e iscas. Os barcos se afastam.
A rotina de um atuneiro em imagens
GUERRA
Com 8.500 km de costa, o Brasil controla uma faixa oceânica de 3,5 milhões de km2 conhecida no direito internacional como Zona Econômica Exclusiva (ZEE), que corresponde às famosas 200 milhas náuticas (370 km). É bem ali, numa tripa de oceano de 15 km por 200 km (3.000 km2, ou 0,09% do total da ZEE), que se trava a "guerra do sushi" entre brasileiros e japoneses. Todos atrás do atum.
"O atum é a nova baleia!", sentenciam amigos em grupos de defesa ao peixe no Facebook. Referem-se às campanhas da década de 80 que, com o slogan "Salvem as baleias", conseguiram a interdição da captura comercial dos grandes cetáceos, salvando-os da extinção.
Pertencente ao gênero Thunnus, que abriga oito espécies da família dos escombrídeos, o atum foi entronizado nos últimos 30 anos como iguaria global, na forma de sushi e sashimi, ou apenas selado na chapa quente. Dez entre dez restaurantes japoneses, não importa onde, na Hungria, na Austrália ou na Rússia -- e, no Brasil, também nas boas churrascarias e restaurantes por quilo --, disputam sua carne tenra e rubra.
Símbolo da era de ouro do atum, o mercado de Tsukiji, em Tóquio, é uma espécie de Sotheby's das peixarias, leiloando carcaças congeladas que alcançam preços de obras de arte. No início deste ano, um espécime de 269 kg foi arrematado por uma rede de sushis de Tóquio por US$ 736 mil, ou R$ 1,5 milhão -- valor que compra um Portinari menor ou uma boa tela de Beatriz Milhazes.
Pelo menos o atum-azul (Thunnus thynnus) está ameaçado de extinção. Segundo a oceanógrafa Sylvia Earle, da National Geographic Society, maior referência mundial em oceanografia, 95% da população global já virou sushi. As demais espécies correm o risco de sobrepesca (quando a captura supera a capacidade de reposição). Ambientalistas, oceanógrafos, vegetarianos e até sushimen já começam a se agitar: "Salvem o atum!".
Nos EUA, acaba de estrear o documentário "Sushi: The Global Catch" (veja trailer ), sobre a globalização do peixe cru e seu impacto nos estoques de atum -- peixe selvagem que, à diferença do salmão, não se deixa domesticar.
A FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) aponta que a pesca em alto-mar provê as 6,6 milhões de toneladas anuais de atum que consumimos. Da aquicultura vieram minguadas nove toneladas.
Em seu livro-reportagem "Four Fish" (quatro peixes), o jornalista Paul Greenberg afirma que o desafio colocado diante da humanidade é reavaliar "se os peixes são em sua essência comida ou vida selvagem desesperadamente necessitada de nossa compaixão".
Nesses tempos de cardumes magros, a piscosa costa brasileira entra na disputa como uma das últimas fronteiras ainda inexploradas: em 2011, não passou de 10 mil toneladas o total de atuns capturados em nossas águas, ou 0,15% do total apontado pela FAO, segundo o Ministério da Pesca.
O Gera 8 e o Kinei Maru 108 se encontraram num pesqueiro rico, no cruzamento de correntes marítimas que vêm da lagoa dos Patos, no litoral gaúcho, e do arquipélago das Malvinas. Entre maio e agosto, surge ali um oásis de plânctons (microrganismos aquáticos) que atrai os cardumes de atum, peixe migratório de longas jornadas.
Atrás deles vão os pescadores. Os modernos navios japoneses medem até 60 m da popa à proa, têm autonomia para operar por 90 dias sem aportar e armazenam em seus porões frigoríficos até 200 toneladas de pescado, a -60 ºC. Já os atuneiros brasileiros têm 15, 20 anos, foram adaptados de outras modalidades de pesca e chegam, no máximo, a 24 m de comprimento. Sem frigoríficos, exigem constante vaivém entre a zona pesqueira e o porto, para se abastecer de gelo e descarregar o produto.
Pescadores, indústria de pescados, sindicato de armadores e entidades ambientalistas não se conformam com a concorrência nipônica. Principalmente porque ela acontece sob o beneplácito do ministro da Pesca, Marcelo Crivella (PRB-RJ), bispo da Igreja Universal do Reino de Deus que chegou ao comando da pasta em março.
É como se os japoneses pescassem com jamantas, e os brasileiros, com carrinhos de feira. "As embarcações deles devastam nossos cardumes com um volume de pesca superior à capacidade de reposição", acusa Torquato Ribeiro Pontes Neto, da indústria de pescados que leva seu nome, sediada em Rio Grande (RS). "Prejudicam toda a cadeia produtiva ligada à pesca, já que o peixe sai de seus porões para embarcar diretamente em um cargueiro japonês."
Oliveira, o mestre do Gera 8 que tentou afastar o Kinei Maru 108, confirma: "Não mato um terço do que matava há 15 anos. E os peixes estão menores. A gente pega peixe pequeno porque não está dando tempo para ele crescer. Posso dizer que está acabando. Conheço isso".
ARRENDAMENTO
O Ministério da Pesca promoveu o milagre da multiplicação dos peixes nos porões dos barcos japoneses ao facilitar o arrendamento de embarcações estrangeiras por empresas brasileiras. Uma delas é a Atlântico Tuna, que opera desde março de 2011, tendo faturado no ano passado US$ 9 milhões com a exportação de 2.000 toneladas de atum, ou um quinto do volume que o país pescou.
Ela pertence ao economista paraibano Gabriel Calzavara de Araújo, dono ainda de outra empresa do ramo, a Norpeixe, além de ex-diretor do Departamento de Pesca e Aquicultura do Ministério da Agricultura (1998-2002, no segundo governo FHC).
Com a publicação do decreto 2.840, de 10/11/1998, sob a gestão de Calzavara, foram relaxadas as severas restrições ao arrendamento que acabavam desanimando os postulantes. Segundo o engenheiro de pesca José Dias Neto, o decreto aboliu o período máximo de três anos de arrendamento, autorizando-o por prazo indefinido.
Além disso, ficou permitido, desde que com autorização ministerial, o desembarque em portos estrangeiros, levando ao descontrole da produção, à perda de postos de trabalho no processamento em terra e à evasão de divisas, entre outros problemas. Por fim, o decreto permitiu que haja, nas tripulações, brasileiros em número inferior aos dois terços previstos em lei. "Na prática, isso tornou-se a regra", afirma Dias Neto.
O primeiro a ocupar a pasta da pesca, na qual despachou entre 2002 e 2006, José Fritsch (PT-SC) chegou a suspender todo arrendamento. "Sempre achei que o caminho não era esse. Preferi investir na modernização da frota pesqueira brasileira", disse à Folha.
Em 2010, porém, os arrendamentos voltaram com tudo. Das 17 licenças para pesca de atum distribuídas naquele ano a embarcações estrangeiras, 16 foram dadas a barcos japoneses arrendados pela Atlântico Tuna, de Calzavara.
Em troca de 85% a 90% das vendas, os japoneses entram com o navio, o equipamento, as iscas, o combustível, a tripulação e o seguro. Cabe a Calzavara obter as autorizações oficiais, apurando pelo menos 10% das vendas.
Para Giovani Genázio Monteiro, presidente do Sindipi, Sindicato dos Armadores e das Indústrias de Pesca de Itajaí e Região (SC), "o Brasil só tem prejuízo com o roubo oficializado a nossos estoques. O arrendamento transforma, num passe de mágica, navios japoneses em brasileiros".
"A política de arrendamento é típica de países africanos, particularmente os do litoral atlântico", diz o oceanógrafo Jorge Pablo Castelo, 71, professor aposentado da Universidade Federal do Rio Grande (FURG). "Namíbia, Angola, golfo de Guiné. Países pobres, necessitados de divisas, que vendem licença de pesca a países que possam pagar. Não deveria ser o caso do Brasil, com potencial para política pesqueira autônoma."
OUTRO LADO
Em defesa de seu negócio, Calzavara diz que está trazendo a melhor tecnologia de pesca de atum ao Brasil. "Os japoneses estão ensinando ao país como aproveitar os imensos e ainda inexplorados recursos pesqueiros", afirmou à Folha.
"Estamos buscando uma condição de identificar os recursos e saber onde estão. Temos o controle das capturas. Temos de pegar a estatística de capturas e analisá-las profundamente, como está sendo feito. São dados públicos, acompanhados pelo Ministério da Pesca no desembarque. Estamos vendo que temos um estoque muito maior, temos o recurso perto da gente. Sou contra o arrendamento que não agrega informações. O objetivo do arrendamento é abrir fronteiras", afirmou o empresário.
A reportagem obteve registros de pesca de atum realizados nos anos 50 por um navio japonês de prospecção, operando da mesma região do Rio Grande do Sul. E perguntou a Calzavara por que, se o propósito dos arrendamentos é "identificar os recursos e saber onde estão", a pesca do Kinei Maru, por exemplo, estava sendo realizada em pesqueiro já tão conhecido.
"Os navios japoneses precisam concluir o trabalho de informação. Quando isso acontecer, talvez nem precisem vir mais", disse o empresário. Sobre o porquê de a Atlântico Tuna ser a única arrendatária, hoje, de barcos estrangeiros, Calzavara foi lacônico: "Sei lá. Tem de perguntar para eles. Não para mim. Quem quiser que vá buscar".
ALTO-MAR
A Folha acompanhou uma pescaria em alto-mar, a bordo do Gera 8. Um dia depois de zarpar, o convés amanheceu coalhado de restos do jantar da véspera --nem os nove experimentados tripulantes souberam segurá-lo no estômago. Foram 44 intermináveis horas entre o porto de Rio Grande e o pesqueiro de atum, a 180 km dali, na beirada da plataforma continental (a porção de "fundo do mar" que acompanha o litoral).
Navegação em velocidade lenta, 6 km/h, já que o vento estava forte: "Força 7, muita calma aí, câmbio", pediu Lelê ao mestre Oliveira. No rádio, explodiam irritantes pshhh-pshhhh. Na escala de Beaufort, usada pelos pescadores, a força 7 é quase um vendaval, capaz de levantar as ondas a seis metros de altura. O barquinho escala os morros de água e logo despenca no vácuo. E de novo, de novo, de novo.
A pesca industrial em alto-mar não é para os fracos. O barco escoiceia, e até mesmo ficar sentado torna-se desafio de rodeio. Romir Vieira Ribeiro, 39, encarregado de pesca em Rio Grande, explica: "Lá fora [no mar], tudo é muito. Quando faz sol, faz sol o tempo todo. Quando venta, venta o tempo todo. Quando chove, chove muito".
Seu lamento lembra as canções de Dorival Caymmi. "Esses pescadores saem sem saber se voltam. Vão pescar sem saber se conseguirão. Deixam a família sem saber se a encontrarão na volta. Para os marinheiros não há dia ou noite e as jornadas de trabalho facilmente ultrapassam 16 horas."
No dia em que os anzóis brasileiros se enroscaram nos japoneses, a jornada tinha começado às 2h, com o lançamento ao mar do espinhel, uma cortina de 800 anzóis de aço inoxidável, espalhados ao longo de um linhão de 80 km. A ventania da véspera havia amainado para força 3, com ondas de no máximo 1,25 m de altura. "Está muito bom", comemorou o piloto.
Cada anzol foi guarnecido de uma lula fresquíssima -- o atum tem o paladar refinado. "Se ele perceber que a isca está morta, não come", explicou o pescador. Às 6h, o espinhel começou a ser puxado de volta, com a ajuda de uma grua. Presos nele, os peixes são fisgados na cabeça -- preferencialmente nos olhos -- pelo bicheiro, anzol gigante com cabo de madeira e na cauda, a fim de trazê-los a bordo.
O primeiro a subir foi um tombo, ou albacora-branca, "atum de latinha", dizem os pescadores, com baixo valor de mercado. Depois veio um yellowfin, ou atum-amarelo; então, uma meca, ou marlim-branco, ou espadarte, a mesma espécie que Santiago enfrenta na obra-prima de Ernest Hemingway, "O Velho e o Mar". Por fim, o rei daquelas águas: um bati, ou yel-lowfin gigante, de 103 kg.
"Tem de segurar firme, senão ele carrega você até a água", explica Arnoldo dos Santos, 48, pescador há 30 anos e cozinheiro do Gera 8. O convés estava forrado de colchões -- caso o peixe se debata no chão, não podem se formar hematomas, que desvalorizam a carne. "O sashimi tem de estar perfeito", preocupava-se o comandante.
O atum tem sangue quente: cruza os sete mares com temperatura corporal até 10ºC superior à do ambiente, o que lhe permite migrar de águas equatoriais para temperadas sem dificuldades. Ele nada, nada, até quando vai morrer. Com o bicheiro cravado na cabeça, ele nadava. Com o chucho -- espécie de chave de fenda -- enfiado no coração, para sangrá-lo, ele nadava. Pendurado pela cabeça, nadava.
Arrancaram-lhe as guelras e, mesmo assim, dez minutos depois, o bicho ainda nadava. Um tripulante enfiou-lhe o chucho na cabeça. Ele insistiu. Pelo buraco aberto no cérebro, um grosso fio de náilon foi introduzido até o fim da medula. O peixão teve convulsões e por fim ficou inerte. Não se podia dizer se já estava morto, mas "tetraplégico", com certeza.
A uma milha dali, um grupo de orcas espreitava o espinhel, à espera de um peixão que sobrasse para elas. Albatrozes, petréis e gaivotas revoavam em torno do barco, também em busca de migalhas. No convés, reinava o silêncio entre os homens. A agonia do bicho foi silenciosa. Uma mangueira de água levava o sangue para o mar e o peixe foi armazenado no porão.
O ritual ganha escala industrial no navio japonês, uma verdadeira indústria flutuante que pesca, limpa, processa, congela, armazena e exporta. Em vez de lançar 800, são 4.000 os anzóis em seu espinhel. Enquanto os anzóis brasileiros não passam de 100 m de profundidade, os japoneses se infiltram no meio do cardume, entre 200 e 400 m abaixo da linha do mar.
De maio até o fim deste mês, três navios japoneses terão frequentado o pesqueiro de Rio Grande: o Kinsai Maru 38, o Kinei Maru 108 e o Shoei Maru 7. No começo de agosto, o Kinsai Maru 38 atracou no porto de Natal. Com os porões lotados, levava 170 toneladas de rico pescado, boa parte já embarcada para o Japão em navio. As cinco toneladas de peixes do Gera 8 foram para o mercado de peixes do Ceagesp, em São Paulo.
OBSERVADOR
Além dos 30 homens que cuidam da faina no Kinei Maru 108 (para 9 no Gera 8), há ali um tripulante que representa o Ministério da Pesca, encarregado de fiscalizar a produção, registrando espécie, peso, características principais.
Para Rodrigo Claudino dos Santos, coordenador-geral de Planejamento e Ordenamento da Pesca Industrial Oceânica do Ministério da Pesca, a presença dos observadores de bordo, como são chamados, "constitui-se em conhecimento adquirido pelo Brasil. Vira patrimônio nacional, que poderá ser usado por pescadores brasileiros".
A Folha apurou que os observadores de bordo são pagos pelo armador do barco que devem fiscalizar -- oficialmente, R$ 120 por dia. Extraoficialmente, recebem parte do pescado, principalmente cações e tartarugas marinhas. "Isso gera um incrível conflito de interesses", aponta o professor Castelo. "É inadmissível que o Estado brasileiro deixe a cargo dos fiscalizados o salário dos fiscais."
No dia 15 de julho, o rádio do Gera 8 interceptou uma conversa entre o observador de bordo do Kinei Maru e seu colega do Kinsai Maru.
Observador do Kinei Maru: "Meu irmão, hoje, aqui, o Gera 8, o ilustre Gera 8, deixou de fazer a pescaria dele para vir engrolhar o material dele com o da gente. E ainda trouxe de cãimbra [sic] uma repórter por cima do barco dele, fazendo uma reportagem. A gente está mais famoso."
Kinsai Maru: "Não se preocupe. Em caso de bronca judicial, é o teu relatório que vai estar na mesa do homem da capa preta."
O observador do Kinei Maru respondeu num português dos mais vivos: "Judicial de cu é rola, meu irmão. O ano que vem eu vou vir aqui com o Rocky 2 [barco de Calzavara] por cima do comando e uma trupe de nordestinos com faca no bucho. Não estou nem aí. A gente está pondo peixe para cima, mais de cem peças por lançamento. Por mim, eu quero que esses caras [os japoneses] pesquem até o peixe voar pela janela. Eu não tô nem aí, brother. O oceano não tem dono não, meu compadre".
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/1138936-barco-japones-domina-pesca-de-atum-em-aguas-do-brasil.shtml
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
Escolas militares se destacam entre as 30 melhores do país no Ideb
Bom Dia Brasil
22/08/2012 08h45 - Atualizado em 22/08/2012 08h45
Desigualdade se combate com educação de qualidade para todos. Entre os resultados do Ideb, divulgados na semana passada, um chama a atenção. Das 30 melhores escolas públicas do país, dez são militares.
A escola com maior nota em Goiás aposta na disciplina. Os estudantes precisam estar devidamente uniformizados e passam pelos olhos atentos de uma policial militar.
“Não pode ser esmalte escuro, tem que ser cores discretas, maquiagem tem que ser discreta”, conta.
Até dentro das salas eles são monitorados para que nada saia do controle. “No começo não gostava de usar farda. Mas acaba gostando. Se não tiver regra, não vai ser um colégio com disciplina”, explica a estudante Christielly Ramos.
A organização ajudou a colocar o Colégio da Polícia Militar de Anápolis entre as melhores escolas públicas. A meta prevista no último Ideb, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, era 5. Mas o grupo atingiu média de 6,7.
Os colégios da Polícia Militar, mantidos pelos estados, oferecem vagas para filhos de PMs e para a comunidade. Em Manaus, a escola da Polícia Militar foi a melhor do Amazonas.
Instituições ligadas ao Exército Brasileiro também se saíram bem na prova que avalia o Ensino Fundamental. Três colégios militares ficaram entre os 10 melhores, do sexto ao nono ano.
Curitiba foi um dos destaques, com nota 7. Salvador e Belo Horizonte conseguiram 7,2. Na capital mineira, uma estrutura pouco comum nas escolas públicas do país. Academia, quadra, piscina, pista de atletismo e até aulas de equitação.
Toda essa estrutura é importante para o desenvolvimento e desempenho dos alunos. Mas a escola também investe, e muito, na parte pedagógica: 85% dos professores são pós-graduados e muitos têm mestrado ou doutorado.
“Têm processos rigorosos de montagem de aulas, de planejamento do ano letivo, avaliações, apoio pedagógico”, explica o Cel. Marco Antônio Souto de Araújo, diretor de ensino Colégio Militar de BH.
A disciplina é rígida. O processo seletivo também. Fora os filhos de oficiais - que têm vaga garantida -, a população civil tem que passar por um teste. A média é de 70 candidatos por vaga.
“Além dessa questão de estudo, tem a questão disciplinar e tem a questão que o colégio tem muita abrangência na arte, esporte. Então, é um colégio que te envolve de todas as maneiras”, conta Maria Fernanda Brito Pimenta, estudante.
Dia do Soldado, sem munição...
Alerta Total
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
Por Paulo Ricardo da Rocha Paiva
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
Por Paulo Ricardo da Rocha Paiva
Não sou eu quem o diz. São oficiais-generais de quatro estrelas, na reserva, que ainda na ativa já colocavam a boca no mundo. Segundo eles, simplesmente, “o Brasil só teria munições para uma hora de guerra”. O fato é que, mais cedo ou mais tarde, o Exército, a força de maior efetivo entre as demais, em torno de 200 mil militares, vai acabar tendo que trocar seus “bacamartes”, do lote de 1965, por bodoques/atiradeiras, para dispor do que lançar por sobre o inimigo. De acordo com esses militares de alta patente, ”a quantidade de munição sempre foi mínima quase inexistente, principalmente para pistolas e armas automáticas.”
O fato leva a imaginar, então, com relação aos carros de combate, em que situação nos encontramos? Há quem diga que a Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC) não é brasileira, tem sua matriz nas Ilhas Cayman e que venderia munição para o Brasil cinco vezes mais cara do que para a Argentina. Se isto for uma realidade, o que dizer da munição para os blindados que foram comprados na União Européia (UE)? Alerta! Desta forma, a dependência que temos de projéteis, tanto para o armamento leve como para o pesado, seria tiranicamente impeditiva para durarmos na ação em conflitos com os grandes predadores militares, que não escondem as intenções com relação às amazônias verde e azul.
Que o cidadão brasileiro tome ciência: se o nosso País não se submeter aos desígnios dos membros permanentes do CS/ONU, poderemos ficar, “tão somente”, privados da munição e de peças de reposição, correndo-se o risco de sermos considerados como o inimigo. Em verdade, nos últimos anos, o Exército só tem conseguido adquirir o mínimo de munição para a instrução. É de se perguntar então, o que se tem para comemorar no dia do soldado? Os que acreditam ainda em Papai Noel vão dizer: o seu estoicismo, o seu profissionalismo. Por que não então, também, o seu conformismo? As autoridades ainda não se deram conta: sem poder de dissuasão, somente isto não adianta de nada, absolutamente nada! Nossos soldados não precisam ser heróis, eles querem, sim, ser vencedores, como nos tempos do Duque de Caxias!
Paulo Ricardo da Rocha Paiva é Coronel de Infantaria e Estado-Maior na reserva.
O fato leva a imaginar, então, com relação aos carros de combate, em que situação nos encontramos? Há quem diga que a Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC) não é brasileira, tem sua matriz nas Ilhas Cayman e que venderia munição para o Brasil cinco vezes mais cara do que para a Argentina. Se isto for uma realidade, o que dizer da munição para os blindados que foram comprados na União Européia (UE)? Alerta! Desta forma, a dependência que temos de projéteis, tanto para o armamento leve como para o pesado, seria tiranicamente impeditiva para durarmos na ação em conflitos com os grandes predadores militares, que não escondem as intenções com relação às amazônias verde e azul.
Que o cidadão brasileiro tome ciência: se o nosso País não se submeter aos desígnios dos membros permanentes do CS/ONU, poderemos ficar, “tão somente”, privados da munição e de peças de reposição, correndo-se o risco de sermos considerados como o inimigo. Em verdade, nos últimos anos, o Exército só tem conseguido adquirir o mínimo de munição para a instrução. É de se perguntar então, o que se tem para comemorar no dia do soldado? Os que acreditam ainda em Papai Noel vão dizer: o seu estoicismo, o seu profissionalismo. Por que não então, também, o seu conformismo? As autoridades ainda não se deram conta: sem poder de dissuasão, somente isto não adianta de nada, absolutamente nada! Nossos soldados não precisam ser heróis, eles querem, sim, ser vencedores, como nos tempos do Duque de Caxias!
Paulo Ricardo da Rocha Paiva é Coronel de Infantaria e Estado-Maior na reserva.
Fonte: http://www.alertatotal.net/2012/08/dia-do-soldado-sem-municao.html
Comentário: Quem quiser mais informações sobre o sucateamento das Forças Armadas, recomendo os seguintes links:
http://g1.globo.com/brasil/noticia/2012/08/sucateado-exercito-nao-teria-como-responder-guerra-dizem-generais.html
http://g1.globo.com/brasil/noticia/2012/08/militar-na-fronteira-vive-com-comida-racionada-e-luz-por-apenas-9-horas.html
Comentário: Quem quiser mais informações sobre o sucateamento das Forças Armadas, recomendo os seguintes links:
http://g1.globo.com/brasil/noticia/2012/08/sucateado-exercito-nao-teria-como-responder-guerra-dizem-generais.html
http://g1.globo.com/brasil/noticia/2012/08/militar-na-fronteira-vive-com-comida-racionada-e-luz-por-apenas-9-horas.html
É só sexo? Veja se você está em um relacionamento apenas sexual
23 de Agosto de 2012 • 08h05
Danielle Barg
Quando a relação só se sustenta pela química sexual, vale prestar atenção se o saldo emocional está negativo ou positivo
Quem se vê nessa situação, volta e meia mergulha em muitas dúvidas. Será que isso vai para frente? Vou me machucar? Ou, ainda, para quem já está achando a situação insustentável: como vou abrir mão deste relacionamento, se na cama nos damos tão bem? Embora cada ser humano tenha sua história de vida, o que faz com que estabelecer fórmulas não seja uma tarefa simples, alguns padrões podem se repetir. Por isso, as psicólogas Lygia Dorigon e Regiane Machado responderam à algumas dúvidas, que podem ser comuns a quem está em uma situação como essa. Confira.
1. Quais são os prós de um relacionamento deste tipo?
De acordo com a psicóloga Regiane, relacionamentos baseados somente na química sexual trazem desinibição, satisfação sexual e a cumplicidade do ato. “Fora o desejo e a vontade de repetição, já que a sensação e realização, tanto física quanto psicológica, são apropriadas. Principalmente, quando existe disposição para este tipo de relacionamento”, aponta.
2. Quais são contras de um relacionamento baseado somente na química sexual?
“Dependem fundamentalmente da expectativa que cada parceiro deposita na relação”, defende a psicóloga Lygia. A profissional esclarece que se um dos lados nutre a esperança de que a relação evolua para algo mais sólido, os problemas virão. “Quando este acordo não está claro, é bem possível que uma das partes venha a sofrer. O relacionamento sexual é uma parte importante de um relacionamento afetivo, mas é apenas uma parte. Para se construir um relacionamento saudável, o casal precisa estar disponível para se conhecer verdadeiramente”, pontua.
3. Como os homens encaram este tipo de relacionamento?
A psicóloga Regiane explica que homens geralmente conseguem se envolver mais neste tipo de relacionamento físico, especialmente por conta dos hormônios. “Tendem a conseguir manter-se nessas relações por certo tempo, mesmo não envolvendo outros quesitos que incluem outros tipos de relacionamento”, observa. No entanto, Lygia ressalta que hoje em dia, também é comum encontrar homens se queixando de mulheres que não querem um relacionamento afetivo sério. “Depende muito do que o homem espera. Há uma imagem construída culturalmente de que o homem pode ter várias parceiras e que, portanto, ele está mais adaptado a este tipo de situação.”
4. Como as mulheres encaram este tipo de relacionamento?
Da mesma forma ocorre com as mulheres, segundo observa Lygia. “Se está em um determinado momento da vida em que não está interessada em construir uma relação séria, pode aproveitar tais relacionamentos apenas para se divertir e para se apoiar em momentos em que se sente carente”. Regiane reforça que, fisicamente, as mulheres também podem apresentar essa pré-disposição, embora sejam mais românticas de um modo geral. “As mulheres prezam também por outras características dos relacionamentos, como por exemplo, companheirismo. Por este perfil pode ser que desejem com o tempo algo com mais completude. Lembrando que, nos tempos atuais, também existem homens que exigem algo a mais”, analisa.
5. As pessoas podem se machucar insistindo nessa relação? Se sim, o que fazer para se preservar e tirar somente a parte boa?
Sinceridade é a palavra-chave para que uma relação baseada somente em sexo traga mais alegrias do que tristezas. “Quanto mais claro for para ambos os lados o que cada um quer, maiores chances o relacionamento tem de progredir”. No entanto, ela avisa que muitas vezes nenhum dos lados sabe exatamente o que esperar da relação. “Nesse caso, precisa avaliar a disponibilidade de cada um para investir no relacionamento. Se ambos estiverem com a mesma motivação e interesse podem muito bem curtir o momento”, explica.
6. Há chances de o relacionamento ir para frente, e se desenvolver algo mais sólido a partir desta química sexual?
Segundo a psicóloga Lygia, qualquer tipo de afinidade pode ajudar um casal a construir um relacionamento afetivo. “Obviamente, a química sexual tem um peso muito importante. Nesse sentido, ela pode ser a porta de entrada para um relacionamento futuro”, afirma. Regiane reforça que, para isso acontecer, o casal precisa estar disposto a se conhecer mais. “Se há afeto, companheirismo, afinidades, se o estilo de vida é parecido, se conseguirem estabelecer objetivos em comum, e se há o real desejo de ampliar esse relacionamento, é absolutamente possível”, observa.
7. Um relacionamento que só se sustenta pelo sexo pode ser duradouro e saudável?
Lygia afirma que só poderá ser duradouro se ambos estiverem dispostos a viver apenas o lado sexual. “Mas um relacionamento em que se espera que seja afetivo de vários modos, possivelmente não. Um casal precisa querer se conhecer em diferentes situações, de diversas formas”, acredita.
8. Dá para conquistar alguém só pela parte sexual?
“Acho que é possível construir um relacionamento a partir da parte sexual, mas não apenas por ela. Sexo pode ser muito bom, mas dificilmente será bom o suficiente para que se construa um amor”, pontua Lygia.
9. O sexo pode segurar um homem?
Atrair é diferente de segurar, na opinião de Regiane. “Eles podem até ficar por um tempo com a mulher pelo sexo. Mas muitos homens também estão querendo mais do que sexo”, pontua. Lygia acrescenta que o sexo mantém apenas os homens que não estão em busca de uma relação afetiva. “Pode segurar o homem que busca apenas o prazer imediato, mas não está disposto a encarar uma relação afetiva em que coisas boas e ruins acontecem o tempo todo”, observa.
10. Um relacionamento deste tipo, por não ter outros pontos de afinidade, pode prejudicar também o ato sexual?
“Existe esta possibilidade, afinal sexo por sexo é fácil de encontrar e com o tempo tende a ficar desinteressante. Já o sexo com o envolvimento emocional e outras afinidades em comum tornar-se mais atrativo”, ressalta Regiane. A falta de admiração e de proximidade com o outro pode ser alguns dos fatores que desestimulam a parte sexual.
11. Como se livrar deste tipo de relacionamento e resistir à tentação de ir para a cama com a pessoa?
Se este tipo de relação não está fazendo bem, a primeira coisa a ser feita é se buscar os motivos que a sustenta, segundo explica Lygia. “Quando perceber que pode buscar outras formas de se divertir ou de se relacionar que lhe tragam mais prazer e mais alegrias, terá mais condições de deixar para trás algo que só lhe satisfaz em um aspecto da vida”, explica. Regiane lembra que também é importante traçar o que se espera de um relacionamento. “Se só o sexo não basta e não satisfaz, vale a pena resistir, afinal, será que é necessário ficar com alguém com quem você fica insatisfeita?”, questiona.
12. Como identificar que o relacionamento está enveredando para este lado, somente carnal, e pode não se consolidar?
Muitas pessoas que estão dentro de um relacionamento deste tipo podem acabar não enxergando que a ligação existente é baseada somente em sexo. A psicóloga Lygia listou alguns pontos que podem sinalizar esta tendência. Confira:
- Quando os casais se dão bem em situações que envolvem momentos a dois, de intimidade, mas não encontram interesses comuns, afinidades;
- Quando não conseguem fazer programas que não envolvam sexo;
- Quando percebem que não se interessam pela vida da pessoa, em saber como ela passou o dia, como está se sentindo;
- Quando a pessoa só aparece de vez em quando e não responde ligações e chamados;
- Quando o outro inventa desculpas para fazer programas que envolvam outras pessoas do seu convívio social (amigos, familiares);
- Quando o outro se mostra carinhoso apenas antes da relação sexual, mas momentos depois, demonstra-se cansado e desinteressado.
quarta-feira, 22 de agosto de 2012
Greve faz Dilma trocar PF por militares na Copa
Presidente vai privilegiar Forças Armadas na proteção de grandes eventos após protestos dos federais em aeroportos e rodovias
21 de agosto de 2012 | 22h 30
João Domingos e Vannildo Mendes, de O Estado de S. Paulo
A presidente Dilma Rousseff decidiu privilegiar o papel das Forças Armadas no comando da segurança dos grandes eventos que vão ocorrer no Brasil a partir do ano que vem - Copa das Confederações em 2013, Copa do Mundo de Futebol em 2014 e a Olimpíada do Rio em 2016. A intervenção da presidente na estrutura criada para os eventos ocorreu depois que Dilma formou convicção de que na greve em curso os policiais federais agiram para atemorizar a sociedade em aeroportos, postos de fronteira e portos.
De acordo com assessores diretos, Dilma considera absurda a forma como os policiais federais têm agido na greve, levando a população a constrangimentos com revistas descabidas em malas e bolsas, além de exibição de armas em suas operações-padrão. A presidente teme ainda que o Brasil passe por vexames durante os grandes eventos e não se esquece - segundo um interlocutor - de que os policiais federais tentaram fazer um protesto durante a Rio+ 20, quando deveriam estar cuidando da segurança dos chefes de Estado e de governo e das autoridades presentes.
O comando da Secretaria Extraordinária de Grandes Eventos (Sesge), subordinada ao Ministério da Justiça e dirigida por um delegado da PF, Valdinho Jacinto Caetano, já começou na prática a perder espaço para as Forças Armadas. Num primeiro movimento autorizado por Dilma, o Ministério da Defesa publicou ontem no Diário Oficial da União (DOU) portaria que prevê o redistribuição de verbas de segurança em eventos e avança nas funções estratégicas da secretaria em favor dos comandos do Exército, Marinha e Aeronáutica.
Conforme a portaria, em contexto emergencial, o Ministério da Defesa fica autorizado a realizar o planejamento para emprego temporário das Forças Armadas para atuar nas áreas de defesa aeroespacial, controle de espaço aéreo, defesa de áreas marítima, fluvial e portuária, segurança e defesa cibernética, de preparo e emprego, de comando e controle e de defesa contra terrorismo.
O Ministério está também apto a comandar tarefas de fiscalização de explosivos, de forças de contingência e defesa contra agentes químicos, biológicos, radiológicos ou nucleares.
A medida, conforme o texto, vale para todas as cidades-sede da Copa e dos grandes eventos programados até 2016. Entre eles, estão ainda a Copa das Confederações e a visita do Papa Vento XVI durante A Jornada Mundial da Juventude, no Rio, em 2013. A Sesge, desidratada de recursos e atribuições, tende a exercer um papel de segundo plano nesses eventos.
O Estado apurou que, num segundo momento, o Planalto planeja substituir o titular da secretaria por um representante do Ministério da Defesa. Criada em agosto de 2011, a Sesge está em plena execução de um orçamento de R$ 1,17 bilhão.
Embora incomodado com os sinais do Planalto, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, informou por meio da assessoria do Ministério que não comentaria portaria de outra pasta.
Protestos. Na terça-feira, 21, houve novos protestos de servidores federais em greve. Agentes da Polícia Rodoviária Federal com funções de chefia entregaram simbolicamente seus cargos à Superintendência do Rio de Janeiro. Em Salvador, fiscais do Ministério da Agricultura distribuiram oito toneladas de arroz e feijão. Nos aeroportos de Congonhas (SP), Confins (BH) e JK (Brasília), policiais federais fizeram passeatas e apitaços. / COLABORARAM TIAGO DÉCIMO E ANTÔNIO PITA
Comentário: Como assim, a presidente Dilma vai privilegiar as Forças (des)Armadas? Claro que não! Se ela quisesse realmente privilegiar as FFAA, começaria a reequipar os equipamentos da tropa que estão sucateados e logo logo, virarão peças de museu. Quem quiser mais informações sobre o sucateamento das Forças Armadas, recomendo os seguintes links:
http://g1.globo.com/brasil/noticia/2012/08/sucateado-exercito-nao-teria-como-responder-guerra-dizem-generais.html
terça-feira, 21 de agosto de 2012
Mitos e verdades sobre a greve nas universidades
ago 21, 2012 by Pierre Lucena
Desde que a greve nas universidades começou, tenho visto muita boataria na internet a respeito do que iria acontecer com os estudantes.
A grande maioria do que é dito não é verdade.
Com o objetivo de dirimir dúvidas entre estudantes, vou colocar aqui o que sem sendo falado e respondendo se é mito ou verdade. Inclusive se surgir mais alguma dúvida, atualizo o texto.
Por isso escrevo este post.
Mito ou verdade?
Se passar de 100 dias (ou n dias quaisquer) o semestre será cancelado e começa tudo do zero.
Mito.
Independente de quantos dias ou meses demorar para a greve acabar, tudo o que foi dado de carga horária é legalmente aproveitado. O semestre reinicia exatamente de onde parou.
O calendário foi suspenso (em algumas Ifes) dia 17 de maio e quem deu aula depois perdeu tudo.
Mito.
Independente de calendário, quem deu aula registrou e pronto. Está dado. A greve é um direito individual do Professor. Logo, faz greve quem quer. Claro que o professor pode repor as aulas, mas nossas universidades, capengas na cobrança do cumprimento da carga horária dos docentes, não conseguem nem ao menos exigir que algumas figuras lendárias cumpram seu compromisso mínimo com a sala de aula. Imagine fazer alguém trabalhar dobrado.
O semestre será perdido se a greve demorar muito.
Apenas em um caso extremo.
Nunca tivemos um semestre cancelado, em décadas de greves. Seria algo trágico, e que só aconteceria em última análise. Cancelar um semestre teria como consequência o cancelamento de metade das vagas no vestibular, e não consigo ver isso acontecendo.
O Governo vai cortar o ponto dos professores após 90 dias.
Mito.
As reitorias não possuem condição política para isso, e seria jogar gasolina na fogueira. Além do que, ao contrário das outras categorias, os professores efetivamente repõem o trabalho durante a greve.
Os próximos dois anos serão com o calendário atrapalhado.
Verdade.
Se a greve acabar no fim de agosto, ainda será preciso dar 6/7 semanas para acabar 2012.1. Como a matrícula ainda toma duas ou 3 semanas, por causa da imensa burocracia das Universidades, o próximo semestre só começa no meio de novembro. E deve acabar no começo de abril.
Isso significa que as férias de verão em 2014 também serão comprometidas.
Poderia ser mais organizado se nossas universidades fossem eficientes, mas são mamutes que não conseguem se mexer com eficiência.
O professor pode se negar a repor aulas e os alunos perderiam a cadeira.
Mito.
Se o professor não deu aula, vai ter que dar quando as aulas acabarem.
Janeiro é mês de férias dos docentes e não teremos aulas.
Mito.
As férias deverão ser realocadas para abril. E também no período de recesso entre 2013.1 e 2013.2.
Claro que teremos alguns folgados fazendo isso, mas o compromisso é de reposição. O aluno deve exigir através de seu DA ou DCE.
Os alunos que fizerem intercâmbio em janeiro e fevereiro perderão o semestre.
Verdade.
O aluno vai precisar saber que os calendários serão modificados.
O fechamento do orçamento de 2013 no dia 31 de agosto não implica no fim da greve.
Verdade.
Já tivemos greves até dezembro. O Governo pode “costurar” o orçamento no Congresso após esta data. Mas fica muito mais difícil.
Além disso, o Orçamento se refere ao próximo ano, e está em jogo um acordo até 2015. Então o Governo ainda poderia fazer outra proposta, mas seria difícil.
As universidades não terão aula entre Natal e Ano-Novo.
Verdade.
Normalmente se faz um recesso de 15 dias no fim do ano e começo do ano.
Dando um chute (só um palpite), as aulas acabariam no dia 21 de dezembro e retomariam no dia 7 de janeiro.
Espero ter ajudado a todos.
Caso apareça mais alguma dúvida o texto será atualizado.
Fonte: http://acertodecontas.blog.br/educacao/mitos-e-verdades-sobre-a-greve-nas-universidades/
Assinar:
Postagens (Atom)